Se estamos aqui, é porque precisamos estar aqui. Talvez haja um misto de imposição e concordância racionais. Compreensão. Diversa da que temos aqui e que mui provavelmente não teria a mesma opinião. 


E porque estamos aqui? Ao falecer o corpo, levamos nada slém de experiências de situações difíceis, mas também agradáveis, felizes, todas emocionais. Isto se, e somente se, houver transposição da memória de cá pra lá. 


Alguns dizem que sim, quase que de forma idêntica, apenas num corpo mais sutil. Outros defendem um upload de informações para um mental superior muito distante, o "eu" verdadeiro que aguarda adquirir condições de retorno ao lar de onde fôra exilado de sua sociedade. Talvez por isso tantos sintam um certo saudosismo por um lugar distante que não sabem definir. 


E o que fazer? Já que vivemos, como viver? Se pensares numa civilização mais avançada para onde devas retornar, é porque deve ter agido de maneira muitíssimo rebelde que não te puderam perdoar. Foste condenado ao exílio. Ou, como alguns sustentam, foste condenado ao pior dos castigos --- a morte espiritual. Só que, em algum momento, alguém interviu em favor de ti e pôdes gozar da clemência apta a te regenerar. Um crédito contigo, de alguém que ainda confia em ti. 


Pois bem. E tantas provas se sucedem, e tantas falhas. A impulsividade pode ser fruto ocasional de hormônios que circulam, mas o mal premeditado -- este não tem justificativa. Está ainda na tua natureza involuída de animal. Fera. Julga a tantos e não se julga? Estará pronto para o momento de partir da Terra? A consciência te afagará de tranquilidade ou condenará ao remorso? 

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