Controle da adrenalina
Um fator importante e comumente negligenciado em relação ao equilíbrio emocional humano diz respeito à adrenalina.
Também chamada de epinefrina, trata-se de um hormônio produzido nas glândulas supra-renais, responsável pelas reações do corpo às situações de perigo.
A falta de exercícios físicos regulares, hábitos alimentares inadequados e o pouco conhecimento difundido a respeito costumam colaborar ao caos cotidiano experimentado na vida de todos. Brigas de trânsito, entre familiares, colegas de trabalho que, de relações cordiais se transformam em tragédias em poucos minutos podem e devem ser evitadas com medidas simples de acesso a todos.
Comecemos dizer que o aparato humano biológico, fruto de hibridização com um espécime babuíno, rendeu ao homem um mecanismo de defesa similar, adequado para as lides voltadas à sobrevivência no contexto rudimentar da luta, mas pouco útil e até inadequado no contexto sociológico civilizado impingido pela espécie alienígena empregada na mistura.
Não se está a falar de moral num sentido ético da palavra. A raça que lhes legou o melhor também estava longe de ser perfeita e o espírito bélico entre os humanos descende daí.
Ocorre que, a ação desregulada da adrenalina ainda é o fator causal mais pungente para o ódio, a vingança e a destruição. E pode ser evitada, evitados os seus efeitos desastrosos e muitas vezes irreversíveis.
Entre a humanidade há diversos exemplos de resignação que precisam ser destacados. Não se imagine que o Cristo suportou os tormentos do espírito imundo, ou Ghandi a pressão dos militares ingleses, sem um preparo corporal. A dinâmica da vida no seu contexto religioso lhes permitiu apaziguar os efeitos da adrenalina e distribuí-la em ciclos ao longo de seus dias, sem que episódios de extremo confronto pudessem desequilibrá-los.
A sanidade mental e a consciência de suas ações estão acessíveis a todos que se comprometerem a um disciplinamento do escafandro do espírito. Trataremos pois de algumas medidas prozaicas que não demandam recursos financeiros, e cujos benefícios podem ser experimentados em poucos dias. Tratemos de liberar doses do hormônio de modo fracionado, evitando descargas reativas desproporcionais.
Acordar e dormir cedo. Evitar refeições pesadas à noite. Preferir as folhas verdes e legumes. Moderar na cafeína, evitando o consumo noturno. Tomar um banho gelado pela manhã. Praticar exercícios regularmente. Buscar rotas alternativas no trânsito para o trabalho. Equilibrar o contato com pessoas e momentos de reflexão ou meditação solitária. Visitar locais inexplorados nos finais de semana e nas viagens. Conhecer pessoas novas. Aproximar-se da natureza com frequência, preferencialmente descalço. Locais altos, desde que com segurança, podem servir de disparo adrenílico.
Com o avanço da medicina nesta perspectiva haverá meios de controle químico das doses necessárias a uma vida equilibrada, mas por hora estas simples medidas auxiliarão a todos que entenderem o recado.
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*Convém não confundir as medidas recomendadas com a prática muito difundida nos dias de hoje de esportes radicais. Não se expõe de forma estúpida a vida humana na busca pela liberação de hormônios. Vício que precisa ser tratado tal qual o dos dependentes químicos externos.

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