Saída

É chegada a hora de dar um passo a frente no conhecimento sobre a consciência encarnada, desencarnada e aquela originária da alma chamada mental superior ou mentalsoma.

Os espíritos da decodificação ensinaram que a memória de vidas anteriores é apagada no momento do reencarne, a fim de evitar sobressaltos decorrentes de culpas e falhas anteriores do espírito. É verdade. Mas também é verdade que o obscurecimento da memória tem imediata relação com a extinção da personalidade vivida na Terra.

O nível de encarne terreno não é iniciático, mas um exílio. No astral este conhecimento também não está disponível a todo espírito, mas apenas àqueles que estão aptos a ouvir a verdade e buscar uma solução definitiva de sua separação do mentalsoma, aprisionado em galáxia distante, onde sanções jurídico-políticas foram decretadas como forma de debelar rebeliões e guerras  ocorridas há muitos séculos.

O ser humano portanto é produto de uma conjuntura muito específica de acontecimentos que geraram punições. E a ordem superior organizativa de seu meio não é formada de apenas uma civilização ou duas, mas de algumas dezenas. 

Os objetivos de cada uma destas civilizações que lhes acompanham desde a sua gênese e lhes visitam periodicamente, seja em corpo físico, astral, ou ainda de modo imperceptível para os seus sentidos, traduzem avaliações minuciosas de comportamento de cada ser vivente. 

Deve-se pensar analogicamente o espírito como um programa que adquire e perde conteúdo matemático. As personalidades ou consciências descentralizadas do mentalsoma conseguem produzir códigos de experiências que ajudam a reorganizar as diretrizes do mental superior. Os milhares de códigos matemáticos experenciais são transferidos no momento do desencarne para Nebadon, entre outras estações de criogenia mentalsomática. 

As emoções humanas são objeto de detida análise dos criadores do sistema encarnatório, pois de rarefeita existência no cosmo. O aspecto dual da valoração moral humana (bem e mal) também. E ambos são interpretados pelas raças mais desenvolvidas das galáxias como defeitos de código genético por resolver. 

Uma saída dos exílios e liberação da criogenia se faz possível em algumas hipóteses. Cerca de dez a oito por cento dos seres terrestres é composta de indivíduos cujo pressuposto de entrada esteve ligado a algum afeto ou missão perseguida. Logo, objetivos não atrelados à karma encarnacional. A entrada é livre, mas a saída está condicionada ao programa. É preciso distinguir os códigos de saída para aqueles que já compreendem a sua condição circunstancial e estão prontos para retornar à pátria de origem. 

O sofrimento só se faz necessário nos estágios endurecidos do ego, e este não é o caso da parcela de população elegível para o salto quântico. Há os resgatáveis e também os que alcançaram por mérito próprio o direito de saída, mas que não estão ascencionando porque o programa não os está distinguindo. 

Uma parte destes seres sucumbe diante da ausência de expectativa evolutiva, lançando-se numa espécie de suicídio valorativo calcado na injustiça de sua permanência. Esta queda é interpretada pelo sistema como déficit evolutivo, mas na verdade se trata de inferência harmônica do meio, já que o mental inferior não consegue conceber valores extracorpóreos de modo preciso. O ser legitima a sua estada ao mesmo tempo em que não consegue se desvincilhar dela, porque a natureza do viver se confunde com a do ser.

Como num presídio humano, a experiência matricial terrena encontra defeitos e máculas, não estando justiciada na natureza eterna, livre e de cada ser individual do cosmo. Pelo contrário, afetada pelo justiciamento de algumas sociedades coletivas sobre outras, estabelece cruel cerramento sob o véu da ignorância, que o mental superior, desrreferenciado, não consegue suplantar.

Nenhum Deus como ser tutelador intervém. Nenhuma "polícia sideral" intervém, e estes intercambistas perdidos ficam à mercê da própria sorte num oceano de complexidades e carência de instrumentos evolutivos.

Se você chegou até esta página, está pronto para ouvir que o Deus das religiões, que exala valores humanos, não intervém, estando nós exilados da ordem evolutiva natural que deveria imperar pelo intercâmbio com irmãos mais velhos por assim dizer. Todo o processo encarnatório da Terra é conduzido por raças extraterrenas interessadas em experiências cujos objetivos são diversos e desvinculados de qualquer ética terrena. O resgate depende ora de um pedido formal ora de uma recodificação moral bastante rigorosa de si.