Morte súbita. Um dos porquês.
Entre as diversas causas que concorrem para a morte do corpo, há as que causam maior consternamento por envolverem seres cuja idade cronológica ou condição de saúde não indicariam tal destino.
As mortes ditas "trágicas" estão entre as que geram maior dificuldade de aceitação entre os humanos, e algo mais pode ser esclarecido a respeito, a fim de confortar aqueles que a experenciam. Tantos os parentes quanto os falecidos.
Sabe-se que o espírito por encarnar tece planos de eventos que lhe possam desenvolver algum aspecto de sua personalidade. E que a morte não natural, isto é, não biológica mas decorrente de algum evento súbito que lhe retire as forças de sobrevivência, pode figurar no rol de desafios eleitos para a vida encarnada. "Pode", porque as fatalidades, entendendo-se como tal uma sucessão de eventos que, somados, conduzem à morte, também encontram causa em decisão ou decisões tomadas em vida. O descuido, a imprudência, o vício adquirido --- estão entre os motivos mais comuns para o desencarne súbito, espantando aos convivas e amigos.
Ocorre que a hipótese que vamos tratar descende de outro fator, desconhecido da mente humana encarnada, e não raro do próprio espírito por encarnar. Trata-se da divergência entre o pressuposto reencarnatório principal e a vida encarnada.
A estagnação evolutiva e o desvio do propósito missionário são dois eixos indutores de mortes súbitas no planeta Terra. A última entre espíritos de grau evolutivo superior e portanto menos frequentes, significando falência do enquadramento de vida do encarnado na missão para a qual se candidatou. A primeira e mais comum, a prostação do fenômeno evolutivo por cessação das circunstâncias experenciais. Ambas por insubmissão inconsciente.
Detectado o desvio pelo sistema inteligente que administra os ciclos reencarnatórios, sistema e sujeitos concorrem por indução ao óbito do ser desviado.
É preciso enfatizar que este desvio deve ser de tal modo severo que adaptações estejam fora de cogitação. Mais que isto, que o mentalsoma do próprio indivíduo nos planos mais elevados da manifestação etérea tenha solicitado readequação de sua versão encarnada. Este processo não passa pela ciência do encarnado, mas as vezes é intuído indiretamente pelo mesmo sentimento que antecede as demais formas de desencarne.
Indagando-se sobre a finalidade desta explicação, chegamos a um segundo ponto importante. É possível descobrir a insatisfação do eu superior mediante emprego de algumas técnicas mediúnicas, próprias ou por terceiros especializados nesta detecção. A busca tende a propiciar um encontro consigo mesmo no seu mais alto grau, potencializando todas as capacidades do espírito encarnado, inclusive as inertes.
O resultado do refoco traduz-se num aproveitamento evolutivo integral da encarnação, obstando o desencarne súbito e também a decepção de desencarnes naturais em vidas desviadas do objetivo macro-elevado.
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*Este caso tratado não toca a opção consciente do espírito situado no primeiro plano astral por desencarnar numa morte trágica. Esta envolve karmas, inclusive alheios, por reparar.

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