Dissociação espiritual de personalidade por sobreposição mnemônica. Os impulsos por debelar.
A doutrina dos espíritos ensina que o espírito é eterno, preservando a capacidade cognitiva entre as muitas reencarnações em corpos como o do ser humano. Ensina também que, no caso da Terra, um providencial bloqueio de memória das vidas passadas opera, a fim de evitar atrapalho na encarnação presente.
Ocorre que, um resíduo de memória das vivências anteriores permite-se transbordar do inconsciente na forma de intuição, para possibilitar a orientação na nova vida. Neste mesmo fluxo, tendências e impulsos negativos inflexionam o ser encarnado, a fim de que seja testado e, pelo livre arbítrio, selecione bom uso do material mnemônico antecedente.
Os vícios radicam numa acentuada e indevida dedicação energética em busca do prazer, ao ponto de inclinar a vontade, causando episódios que todos conhecemos de desgraças familiares causadas pelo entreguismo ao álcool, drogas, prostituição e violência.
A encarnação num corpo rudimentar como o do ser humano significa a um só tempo um claustro físico de contenção e estímulo à reflexão que, com maior tempo, pode barrar ações prejudiciais.
Noutros planos mais avançados o tempo entre o pensar e agir vai se diluindo e, já o dissemos, explica porque a Terra é considerada um divino hospital. Do prisma dos espíritos enfermos e de outros que dedicam o seu tempo à cura alheia, eis o porquê de tantos concorrendo por uma encarnação neste planeta. E porque os humanos devem alterar as concepções acerca do sofrimento como uma fatalidade desvinculada de motivos fundantes.
Todas as dores experimentadas pelos seres humanos são instrumentos de cura física e psicológica. Algumas doenças que acometem crianças ou prostam adultos outrora saudáveis só se explicam em karmas anteriores e metas de desenvolvimento mais elevadas por atingir.
Entenda-se bem esta passagem -- ações que precisam evitar e outras que precisam praticar, valores e hábitos a enraizar, sendo a preguiça do trabalho uma das piores chagas de sua civilização, até mais ampla do que a dos vícios químicos ou de ordem biológica.
Persiste entre os humanos um egoísmo primário instintivo que precisa ceder lugar à racionalidade e compreensão das leis de causa e efeito, num contexto mais amplo do que os poucos anos da vivência terrícola.
Só assim este espírito estará capacitado para ascender na escala de mundos e conviver com irmãos mais próximos da ágil, puramente energética e intelectual realidade mentalsomática, para a qual todos inevitavelmente caminham.

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