Espíritos em exílio
14 – Não obstante, não são todos os Espíritos encarnados na Terra que se encontram em expiação. As raças que chamais selvagens constituem-se de Espíritos apenas saídos da infância, e que estão, por assim dizer, educando-se e desenvolvendo-se ao contato de Espíritos mais avançados. Vem a seguir as raças semicivilizadas, formadas por esses mesmos Espíritos em progresso. Essas são, de algum modo, as raças indígenas da Terra, que se desenvolveram pouco a pouco, através de longos períodos seculares, conseguindo algumas atingir a perfeição intelectual dos povos mais esclarecidos
Os Espíritos em expiação aí estão, se assim nos podemos exprimir como estrangeiros. Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação do mal, que os tornava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos. È por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.
Os Espíritos em expiação aí estão, se assim nos podemos exprimir como estrangeiros. Já viveram em outros mundos, dos quais foram excluídos por sua obstinação do mal, que os tornava causa de perturbação para os bons. Foram relegados, por algum tempo, entre os Espíritos mais atrasados, tendo por missão fazê-los avançar, porque trazem uma inteligência desenvolvida e os germes dos conhecimentos adquiridos. È por isso que os Espíritos punidos se encontram entre as raças mais inteligentes, pois são estas também as que sofrem mais amargamente as misérias da vida, por possuírem mais sensibilidade e serem mais atingidas pelos atritos do que as raças primitivas, cujo senso moral é mais obtuso.
Alguns desdobramentos desta passagem atribuída ao espírito de Santo Agostinho em O Evangelho segundo o espiritismo, se fazem necessários.
Grande perplexidade tem sido notada em miríade de agentes mediúnicos inconscientes, sendo preciso calibrar-lhes a reflexão para tranquilizar-lhes o ânimo.
A perplexidade surge principalmente de suporem-se (os despertos espiritualmente) enquadrados no estágio de expiação, quando na verdade mais "estão" provisoriamente num mundo de expiação, com a finalidade de colaborar à transmutação do meio para regeneração.
São os que mais sofrem, como dito na passagem kardecista, devido à sensibilidade aflorada, não estando endurecidos pela indiferença e egocentrismo exacerbados que caracterizam o típico ser terrícola não imigrante.
Cometeram alguns erros pretéritos também -- é fora de dúvida a razão de sua queda-missão --, mas visivelmente não estão no mesmo nivel primário, tendente a estacionário ou de muito lenta evolução crítica, daqueles que só enxergam os próprios instintos e interesses particulares. Indivíduos cuja intuição muito rudimentar ainda não liberou a consciência da vida eterna, perspectiva que permite a mudança de padrão ético de modo mais acelerado e profundo, resultando em evolução hierárquica espiritual entre planetas de estágios diversos.
Aqueles com grandes dificuldades de aceitação da anti-ética e anti-crítica caracterizadora da massa terrestre devem ponderar o seguinte: cada ser vivente tem o seu tempo de maturação e não é possível obrigar ninguém a nada, senão conscientizar pelo exemplo e educação. O livre arbítrio é imperativo evolutivo. Só percebe a mensagem crítica e a adota para si quem já está maduro o suficiente porque desenvolveu o aparato psíquico. Este é o sentido da autenticidade de todo aprendizado. Antes da corrida, o músculo.
Os espíritos em exílio devem estar cientes de sua condição mais específica e primordial de contribuidor que propriamente expiador da dor terrena voltada à abertura de consciência.
Os espíritos em exílio devem estar cientes de sua condição mais específica e primordial de contribuidor que propriamente expiador da dor terrena voltada à abertura de consciência.
Isto guarda implicações práticas importantes, pois tanto mais atenderão à promotoria da mudança conforme as potencialidades quanto os afazeres estiverem mais intimamente ligados com o que já sabem e não precisam ser ensinados. A pré-disposição do meio se curvará a esta inclinação natural, diminuindo conflitos experenciáveis no campo material e moral dos médiuns inconscientes ou não vincados especificamente a centros humanitários.
Em outras palavras, grande parte da dor ou infortúnio experimentados por seres em exílio tem origem em disfunções vocacionais e desconhecimento de sua finalidade missionária no contexto presente, não propriamente na necessidade de abertura de consciência, prefacialmente destinada aos bárbaros e amorfos deseducados da realidade imaterial e suas leis superiores.

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