Como o espiritismo enxerga o ateísmo?

Há dois aspectos principais envolvendo o ateísmo: a descrença em um ser superior, criador de todas as coisas; e a descrença em uma ordem social organizada de seres desencarnados. Os espíritas discordam de tal concepção, pois do nada nada se cria.

A religião cristã não espiritista, por sua vez, acredita na desintegração cognitiva do ser humano ao morrer, vindo a ressucitar em algum momento futuro. Admite portanto um "limbo" onde o ser permane após a morte, como que agregado ao nada. O espiritismo também refuta está idéia, porque não é a vida encarnada o "paraíso prometido". Não haveria razão lógica para suspender a atividade inteligente e evolutiva do espírito para "aguardar a evolução da sociedade humana" a um determinado ponto.

O espiritualismo, ou mais especificamente o espiritismo kardecista,  responsável pela revelação da sociedade dos espíritos,  constitui exatamente a antítese do ateísmo, já que neste não haveria nenhuma inteligência superior e criadora de todas as coisas, e o óbito do corpo encerraria a consciência. A codificação espírita empreendida por Kardec demonstra que esta vida encarnada é uma pequena fração de existência do espírito imortal. Uma passagem difícil mas necessária que agrega importantes lições à trajetória. Para o espiritismo não só a consciência sobrevive perfeitamente íntegra ao óbito do corpo, mas ao evoluir em inteligência e moral, aproxima-se da compreensão de Deus.

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